segunda-feira, 7 de junho de 2010

Triste retirante

Pés descalços, Roupa rota,
Triste rosto de ninguém.
Trás tristezas, Leva magoas,
Muitas dores Vai também.
Pés descalços Pisam o solo,
De uma terra seca e árida.
Nas mãos ardem os calos,
De uma vida desgraçada.
Caminha muitas e muitas léguas,
Pra chegar a lugar nenhum,
Corre matas Singra rios,
Eram dois, ficou só um.
Chora a vida que deixou,
Teme a vida que chegar,
Não liga para o que ficou,
E nem para o que virá.

Rosa Alves

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tempo

O tempo que chama passado
É o ontem, e o hoje será;
A vida corre ao seu lado
E você não pode parar

Ah ..eu me divirto,
Com a importância que das
A apenas o que acha bonito
E não precisa arriscar

Ah... Você que pensa que sabe
De tudo e mais um pouco
Se soubesse ao menos metade
Do que eu sei e do que ouço;

Vem para a vida você
Se despe de seus preconceitos
Venha pra vida você
Jogue pra longe estes medos

Se lance em mar aberto
Se banhe na luz do luar
O que ontem não era tão certo
Hoje e amanha decerto será

Viva o agora com força e garra
Não queira deixar passar
Se cair, levanta e sara;
Pegue a vida pra domar

Tudo passa tão de pressa
E você nada viveu
A vida não é algo que se meça
Pelo pensamento teu

Ah..eu me divirto
Daqui de meu camarote
Te vejo com medo da vida
Não vendo dela a sorte

Ah..eu me divirto
Daqui do meu camarote
Te vejo só dando guarida
A sombras, tristezas e morte.

Rosa Alves