terça-feira, 25 de maio de 2010

Sedução cigana

As tendas iluminadas
Por velas vermelhas
As brasas que se apagam
Em esquecida fogueira
A saia rodada
De cores alegres
em gira alada
Em ritmo entregue
rosto corado
cabelo ao vento
Os lábios rosados
E olhos sedentos
no corpo um desejo
De dar e de ter
Na ginga um gemido
De tanto querer
Faz parte da ginga
É só sedução
Acende a cigana
Explode tesão

Rosa Alves

Um comentário:

  1. Essa sedução cigana, da dimensão de como esse povo nômade esta em nós mais que imaginamos. É parte de nossa ancestralidade tanto quanto contemporâneos de nossa vida moderna, essa sedução envolve que nos coloca, nesse Sadat, a volta dessa fogueira, em arquétipos e desejos, que só uma poetiza como Rosa poderia nos envolver, sua poesia são pétalas de sua alma que nos banha, e cada frase, a cada respiro, a cada suspiro. Esse poema é o inicio de muita sedução, magia, e sensibilidade. Já era sem tempo de sair todo esse encantado da gaveta. Beijos Sérgio Cumino
    http://poesiasergiocumino.blogspot.com/

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